segunda-feira, 21 de abril de 2008

Aos Ideais de independência




Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;

Já raiou a liberdade

No horizonte do Brasil

Já raiou a liberdade,

Já raiou a liberdade

No horizonte do Brasil.


Brava gente brasileira!

Longe vá temor servil

Ou ficar a Pátria livre

Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil,

Houve mão mais poderosa,

Zombou deles o Brasil;

Houve mão mais poderosa

Houve mão mais poderosa

Zombou deles o Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil

Ou ficar a Pátria livre

Ou morrer pelo Brasil;

Ou ficar a Pátria livre,

Ou morrer pelo Brasil.

Não temais ímpias falanges
Que apresentam face hostil;

Vossos peitos, vossos braços

São muralhas do Brasil;

Vossos peitos, vossos braços

Vossos peitos, vossos braços

São muralhas do Brasil.


Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre

Ou morrer pelo Brasil;

Ou ficar a Pátria livre,

Ou morrer pelo Brasil.


Parabéns, ó brasileiros!
Já, com garbo juvenil,

Do universo entre as nações

Resplandece a do Brasil;

Do universo entre as nações

Do universo entre as nações

Resplandece a do Brasil.


Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil

Ou ficar a Pátria livre

Ou morrer pelo Brasil;

Ou ficar a Pátria livre,

Ou morrer pelo Brasil.

domingo, 20 de abril de 2008

Diplomacia

NÃO HÁ VAGAS

(Ferreira Goulart)

O preço do feijão

Não cabe no poema. O preço

Do arroz

Não cabe no poema.

Não cabem no poema o gás

A luz o telefone

A sonegação

Do leite

Da carne

Do açúcar

Do pão

O funcionário público

Não cabe no poema

Com seu salário de fome

Sua vida fechada em arquivos.

Como não cabe no poema o operário

Que esmerila seu dia de aço

E carvão

Nas oficinas escuras

- porque o poema, senhores

está fechado:

“não há vagas”

Só cabem no poema

O homem sem estômago

A mulher de nuvens

A fruta sem preço

O poema, senhores,

Não fede

Nem cheira

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Quem é mais sábio?

Hoje é uma data importante para o povo brasileiro, cujas raízes se assentam orgulhosamente na sábia nação silvícola!

Em homenagem aos antepassados que souberam respeitar a hierarquia da Criação...

"Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra?

Essa idéia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-lo?

Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência de meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho.

Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós.

As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem - todos pertencem à mesma família.

Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós.

Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar às suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz de meus ancestrais.

Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos, e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.

Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção da terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que mais necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta à terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas, saqueadas, vendidas, como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.

Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda.

Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta da vida se um homem não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.

O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro - o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda a vida que mantém. O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também recebe seu último suspiro. Se lhes vendermos nossa terra vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados.

Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir. Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar. Eu sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que o búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos.

O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo. Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo.

Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas, que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.

Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.

O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo. Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum.

É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos - e o homem branco poderá vir a descobrir um dia: nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar que o possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem, e sua compaixão é igual para o homem vermelho e para o homem branco. A terra lhe é preciosa, e feri-la é desprezar seu criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.

Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força de Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos da floresta densa impregnados do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruída por fios que falam.

Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. É o fim da vida e o início da sobrevivência".

Chefe Seatle, em resposta ao presidente dos EUA, quando, no ano de 1854, fez a uma tribo indígena a proposta de comprar grande parte de suas terras, oferecendo, em contrapartida, a concessão de uma outra "reserva".


quinta-feira, 17 de abril de 2008

Prece do Educador

Senhor,

Que eu possa me debruçar sobre cada criança, e sobre cada jovem, com a reverência que deve animar minha alma diante de toda criatura tua!


Que eu respeite em cada ser humano de que me aproximar, o sagrado direito de ele próprio construir seu ser e escolher seu pensar!

Que eu não deseje me apoderar do espírito de ninguém, imprimindo-lhe meus caprichos e meus desejos pessoais, nem exigindo qualquer recompensa por aquilo que devo lhe dar de alma para alma!

Que eu saiba acender o impulso do progresso, encontrando o fio condutor de desenvolvimento de cada um, dando-lhes o que eles já possuem e não sabem, fazendo-os surpreenderem-se consigo mesmos!

Que eu me impregne de infinita paciência, de inquebrantável perseverança e de suprema força interior para me manter sempre sob o meu próprio domínio, sem deixar flutuar meu espírito ao sabor das circunstâncias! Mas que minha segurança não seja dogmatismo e inflexibilidade e que minha serenidade não seja mormaço espiritual!

Que eu passe por todos, sem nenhuma arrogância e sem pretensão à verdade absoluta, mas que deixe em cada um, uma marca inesquecível. por ter transmitido alguma centelha de verdade e todo o meu amor!

Prece extraída do livro A EDUCAÇÃO SEGUNDO O ESPIRITISMO, de Dora Incontri - 2ª edição - Maio de 1998.

(http://www.siteamigo.com/religiao/oracoes/prece_do_educador.htm)

Terra, mãe violada

A terra é naturá

Sinhô dotô, meu oficio

é servi ao meu patrão.

Eu não sei fazê comiço

Nem discuço, nem sermão;

Nem sei as letra onde mora

Mas porém eu quero agora

Dizê, com sua licença,

Uma coisa bem singela,

Que a gente pra dizê ela

Não percisa de sabença.

Se um pai de famia honrado

Morre, deixando a famia,

Os seus fiinho adorado

Por dono de moradia,

E aqueles irmão mais vêio,

Sem pensá nos Evangéio,

Contra os novo a toda hora

Lança da inveja o veneno

Inté bota os mais pequeno

Daquela casa pra fora.

O pai de famia honrado

A quem tô me referindo

E Deus, nosso Pai amado,

Que lá do Céu tá me ouvindo,

O Deus justo, que não erra,

E que pra nós fez a terra,

Este praneta comum,

Pois a terra com certeza

cobra da natureza,

Que pertence a cada um.

Se a terra foi Deus quem fez

Se é obra da criação

Devia cada freguês

Ter seu pedaço de chão

Munta gente não combina

Esta verdade divina

Mas um julgamento eu faço

E vejo que julgo bem

Se sou da terra também

Onde é que tá meu pedaço?

Esta terra é desmedida

E devia ser comum

Devia ser repartida

Um taco pra cada um,

Mode morar sossegado

Eu já tenho maginado

Que baixo o sertão e a terra

Devia ser coisa nossa

Quem não trabaia na roça,

Que diabo é que quer com a terra?

Esta terra é como o vento,

O vento que, por capricho

Assopra, as vez, um momento,

Brando, fazendo cuchicho

ôtras vez, vira o capeta

Vai fazendo pirueta,

Roncando com desatino,

Levando tudo de móio

Jogando arguero nos óio

Do grande e do pequenino.

Se o orguioso podesse

Com seu rancâ desmedido,

Talvez até já tivesse

Este vento repartido,

Ficando com a viração

Dando ao pobre o furacão

Pois sei que ele tem vontade

E acha mesmo que percisa

Gozá de frescâ da brisa,

Dando ao pobre a tempestade

Disso tudo o resurtado

Seu dotô sabe a verdade,

Pois logo os prejudicado

Recorre às otoridade;

E no chafurdo infeliz

Depressa vai o juiz

Fazê as paz dos irmão

E se ele fô justicero

Parte a casa dos herdero

Pra cada qua seu quinhão.

Seu dotô, que estudou munto

E tem boa inducação,

Não ignore este assunto

Da minha comparação,

Pois este pai de famia

É o Deus da soberania

Pai do Sinhô e pai meu,

Que tudo cria e sustenta,

E esta casa representa

A terra que ele nos deu.

Esta terra é como o Só

Que nasce todos os dia

Briando o grande, o meno

E tudo que a terra cria.

O só quilarea os monte,

Tombém as água das fonte,

Com a sua luz amiga,

Protege, no mesmo instante,

seu bom carro de passeio,

sua casa de morá

E a sua loja surtida

O que eu quero nesta vida


É terra pra trabaiá.

Do grandaiáo elefante

A pequena formiga.

Esta terra é como a chuva,

Que vai da praia a campina,

Móia a casada, a viúva,

A véia, a moça, a menina.

Quando sangra o nevuero,

Pra conquistá o aguacero

Ninguém vai fazê fuchico,

Pois a chuva tudo cobre,

Móia a tapera do pobre

E a grande casa do rico.

Esta terra é como a lua,

Este foco prateado

Que é do campo até a rua,

A lampa dos namorado;

Mas, mesmo ao véio cacundo

já com ar de moribundo

Sem amô, sem vaidade,

Esta lua cô de prata

Não lhe deixa de sê grata;

Lhe manda quilaridade.

Pois o vento, o só, a lua,

A chuva e a terra também,

Tudo é coisa minha e sua,

Seu dotô conhece bem.

Pra sabê disso tudo

Ninguém percisa de istudo.

Eu, sem iscrevê nem lê,

Conheço desta verdade,

Seu dotâ, tenha bondade

De uni o que vô dizê.

Não invejo seu tesouro

Sua mala de dinhero

A sua prata, o seu oro

O seu boi, o seu carnero,

seu reposo, seu recreio,

Iscute o que tô dizendo Seu dotô, seu coroné;


De fome tão padecendo

Meus fio, minha muié.

Sem briga, questão nem guerra

Meça desta grande terra

Umas tarefa pra eu!

Tenha pena do agregado

Não me deixe deserdado

Daquilo que Deus me deu.

(Patativa do Assaré)

terça-feira, 15 de abril de 2008

"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."

Dia Mundial do Desenhista
Dia da Conservação do Solo


"Não sei...
Se a vida é curta ou longa demais para nós,
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
Se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:

Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,

Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,

Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida.

É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais,
Mas que seja intensa, verdadeira, pura...
Enquanto durar"

"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."
Cora Coralina


E você... está feliz? Tem transferido o que sabe? Tem aprendido o que ensina?

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Viver é observar atentamente o movimento da Criação e com esta Aprender a Aprender!



Boa-tarde pra você e pra todos aqueles que são amados por você!












Nossa reflexão de hoje consiste nas seguintes interrogantes:

  1. O que é a aprendizagem?
  2. Como aprendemos?
  3. Por que aprender?
  4. Quando aprender?

Estas e outras interrogantes são latentes da natureza humana! O homem aprende porque é curioso, ousado e destemido...

Se a preocupação consiste em perseverança e constância e se apresenta longe dos egoísmos e egocentrismos, então, logo todo o esforço em busca da verdade lhe será convertido em conhecimento.

E você, está aprendendo?


Aprendizagem: um desafio contínuo?...


Sejam bem-vindos!

Ver do Lat. videre
  1. v. tr., conhecer ou perceber pelo sentido da vista; contemplar; assistir; presenciar; olhar para; ser testemunha de; examinar; observar; apreciar; notar; ponderar; deduzir; antever; distinguir; enxergar; calcular; avaliar; visitar; tomar cuidado em; experimentar; prestar atenção; conhecer;
  2. v. int., ter vista; v. refl., encontrar-se; achar-se; sentir-se; mirar-se; s. m., o acto de ver; conceito; opinião.


ViVendo


  1. v. int., ter vida; existir; durar; habitar, residir; alimentar-se; nutrir-se; comportar-se; ter relação com;
  2. v. tr., passar (a vida); consagrar a vida a;
  3. v. refl., existir;
  4. s. m., a vida.

Aprender do Lat. apprehendere

  1. v. tr., adquirir conhecimento de; instruir-se; ficar sabendo.

E você tem aprendido com suas vivências?