quarta-feira, 30 de abril de 2008
segunda-feira, 28 de abril de 2008
quinta-feira, 24 de abril de 2008
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Aos Ideais de independência
Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Já raiou a liberdade,
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil,
Houve mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil;
Houve mão mais poderosa
Houve mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil.
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias falanges
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil;
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Já, com garbo juvenil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil;
Do universo entre as nações
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
domingo, 20 de abril de 2008
Diplomacia
NÃO HÁ VAGAS
(Ferreira Goulart)
O preço do feijão
Não cabe no poema. O preço
Do arroz
Não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
A luz o telefone
A sonegação
Do leite
Da carne
Do açúcar
Do pão
O funcionário público
Não cabe no poema
Com seu salário de fome
Sua vida fechada em arquivos.
Como não cabe no poema o operário
Que esmerila seu dia de aço
E carvão
Nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores
está fechado:
“não há vagas”
Só cabem no poema
O homem sem estômago
A mulher de nuvens
A fruta sem preço
O poema, senhores,
Não fede
Nem cheira
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Quem é mais sábio?
Hoje é uma data importante para o povo brasileiro, cujas raízes se assentam orgulhosamente na sábia nação silvícola!
Em homenagem aos antepassados que souberam respeitar a hierarquia da Criação...
"Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra?
Essa idéia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-lo?
Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência de meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho.
Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós.
As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem - todos pertencem à mesma família.
Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós. O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós.
Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar às suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz de meus ancestrais.
Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos, e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção da terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que mais necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta à terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas, saqueadas, vendidas, como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.
Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda.
Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta da vida se um homem não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.
O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro - o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda a vida que mantém. O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também recebe seu último suspiro. Se lhes vendermos nossa terra vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados.
Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir. Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar. Eu sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que o búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos.
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo. Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo.
Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas, que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.
Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.
O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo. Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum.
É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos - e o homem branco poderá vir a descobrir um dia: nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar que o possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem, e sua compaixão é igual para o homem vermelho e para o homem branco. A terra lhe é preciosa, e feri-la é desprezar seu criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.
Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força de Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos da floresta densa impregnados do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruída por fios que falam.
Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. É o fim da vida e o início da sobrevivência".
Chefe Seatle, em resposta ao presidente dos EUA, quando, no ano de 1854, fez a uma tribo indígena a proposta de comprar grande parte de suas terras, oferecendo, em contrapartida, a concessão de uma outra "reserva".
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Prece do Educador
Senhor,
Que eu possa me debruçar sobre cada criança, e sobre cada jovem, com a reverência que deve animar minha alma diante de toda criatura tua!
Que eu respeite em cada ser humano de que me aproximar, o sagrado direito de ele próprio construir seu ser e escolher seu pensar!
Que eu não deseje me apoderar do espírito de ninguém, imprimindo-lhe meus caprichos e meus desejos pessoais, nem exigindo qualquer recompensa por aquilo que devo lhe dar de alma para alma!
Que eu saiba acender o impulso do progresso, encontrando o fio condutor de desenvolvimento de cada um, dando-lhes o que eles já possuem e não sabem, fazendo-os surpreenderem-se consigo mesmos!
Que eu me impregne de infinita paciência, de inquebrantável perseverança e de suprema força interior para me manter sempre sob o meu próprio domínio, sem deixar flutuar meu espírito ao sabor das circunstâncias! Mas que minha segurança não seja dogmatismo e inflexibilidade e que minha serenidade não seja mormaço espiritual!
Que eu passe por todos, sem nenhuma arrogância e sem pretensão à verdade absoluta, mas que deixe em cada um, uma marca inesquecível. por ter transmitido alguma centelha de verdade e todo o meu amor!
Prece extraída do livro A EDUCAÇÃO SEGUNDO O ESPIRITISMO, de Dora Incontri - 2ª edição - Maio de 1998.
(http://www.siteamigo.com/religiao/oracoes/prece_do_educador.htm)
Terra, mãe violada
A terra é naturá
Sinhô dotô, meu oficio
é servi ao meu patrão.
Eu não sei fazê comiço
Nem discuço, nem sermão;
Nem sei as letra onde mora
Mas porém eu quero agora
Dizê, com sua licença,
Uma coisa bem singela,
Que a gente pra dizê ela
Não percisa de sabença.
Se um pai de famia honrado
Morre, deixando a famia,
Os seus fiinho adorado
Por dono de moradia,
E aqueles irmão mais vêio,
Sem pensá nos Evangéio,
Contra os novo a toda hora
Lança da inveja o veneno
Inté bota os mais pequeno
Daquela casa pra fora.
O pai de famia honrado
A quem tô me referindo
E Deus, nosso Pai amado,
Que lá do Céu tá me ouvindo,
O Deus justo, que não erra,
E que pra nós fez a terra,
Este praneta comum,
Pois a terra com certeza
cobra da natureza,
Que pertence a cada um.
Se a terra foi Deus quem fez
Se é obra da criação
Devia cada freguês
Ter seu pedaço de chão
Munta gente não combina
Esta verdade divina
Mas um julgamento eu faço
E vejo que julgo bem
Se sou da terra também
Onde é que tá meu pedaço?
Esta terra é desmedida
E devia ser comum
Devia ser repartida
Um taco pra cada um,
Mode morar sossegado
Eu já tenho maginado
Que baixo o sertão e a terra
Devia ser coisa nossa
Quem não trabaia na roça,
Que diabo é que quer com a terra?
Esta terra é como o vento,
O vento que, por capricho
Assopra, as vez, um momento,
Brando, fazendo cuchicho
ôtras vez, vira o capeta
Vai fazendo pirueta,
Roncando com desatino,
Levando tudo de móio
Jogando arguero nos óio
Do grande e do pequenino.
Se o orguioso podesse
Com seu rancâ desmedido,
Talvez até já tivesse
Este vento repartido,
Ficando com a viração
Dando ao pobre o furacão
Pois sei que ele tem vontade
E acha mesmo que percisa
Gozá de frescâ da brisa,
Dando ao pobre a tempestade
Disso tudo o resurtado
Seu dotô sabe a verdade,
Pois logo os prejudicado
Recorre às otoridade;
E no chafurdo infeliz
Depressa vai o juiz
Fazê as paz dos irmão
E se ele fô justicero
Parte a casa dos herdero
Pra cada qua seu quinhão.
Seu dotô, que estudou munto
E tem boa inducação,
Não ignore este assunto
Da minha comparação,
Pois este pai de famia
É o Deus da soberania
Pai do Sinhô e pai meu,
Que tudo cria e sustenta,
E esta casa representa
A terra que ele nos deu.
Esta terra é como o Só
Que nasce todos os dia
Briando o grande, o meno
E tudo que a terra cria.
O só quilarea os monte,
Tombém as água das fonte,
Com a sua luz amiga,
Protege, no mesmo instante,
seu bom carro de passeio,
sua casa de morá
E a sua loja surtida
O que eu quero nesta vida
É terra pra trabaiá.
Do grandaiáo elefante
A pequena formiga.
Esta terra é como a chuva,
Que vai da praia a campina,
Móia a casada, a viúva,
A véia, a moça, a menina.
Quando sangra o nevuero,
Pra conquistá o aguacero
Ninguém vai fazê fuchico,
Pois a chuva tudo cobre,
Móia a tapera do pobre
E a grande casa do rico.
Esta terra é como a lua,
Este foco prateado
Que é do campo até a rua,
A lampa dos namorado;
Mas, mesmo ao véio cacundo
já com ar de moribundo
Sem amô, sem vaidade,
Esta lua cô de prata
Não lhe deixa de sê grata;
Lhe manda quilaridade.
Pois o vento, o só, a lua,
A chuva e a terra também,
Tudo é coisa minha e sua,
Seu dotô conhece bem.
Pra sabê disso tudo
Ninguém percisa de istudo.
Eu, sem iscrevê nem lê,
Conheço desta verdade,
Seu dotâ, tenha bondade
De uni o que vô dizê.
Não invejo seu tesouro
Sua mala de dinhero
A sua prata, o seu oro
O seu boi, o seu carnero,
seu reposo, seu recreio,
Iscute o que tô dizendo Seu dotô, seu coroné;
De fome tão padecendo
Meus fio, minha muié.
Sem briga, questão nem guerra
Meça desta grande terra
Umas tarefa pra eu!
Tenha pena do agregado
Não me deixe deserdado
Daquilo que Deus me deu.
(Patativa do Assaré)
terça-feira, 15 de abril de 2008
"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."
Dia da Conservação do Solo
Se a vida é curta ou longa demais para nós,
Mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
Se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais,
Mas que seja intensa, verdadeira, pura...
Enquanto durar"
"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."
Cora Coralina
E você... está feliz? Tem transferido o que sabe? Tem aprendido o que ensina?
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Viver é observar atentamente o movimento da Criação e com esta Aprender a Aprender!
Boa-tarde pra você e pra todos aqueles que são amados por você!
Nossa reflexão de hoje consiste nas seguintes interrogantes:
- O que é a aprendizagem?
- Como aprendemos?
- Por que aprender?
- Quando aprender?
Estas e outras interrogantes são latentes da natureza humana! O homem aprende porque é curioso, ousado e destemido...
Se a preocupação consiste em perseverança e constância e se apresenta longe dos egoísmos e egocentrismos, então, logo todo o esforço em busca da verdade lhe será convertido em conhecimento.E você, está aprendendo?
Aprendizagem: um desafio contínuo?...
- v. tr., conhecer ou perceber pelo sentido da vista; contemplar; assistir; presenciar; olhar para; ser testemunha de; examinar; observar; apreciar; notar; ponderar; deduzir; antever; distinguir; enxergar; calcular; avaliar; visitar; tomar cuidado em; experimentar; prestar atenção; conhecer;
- v. int., ter vista; v. refl., encontrar-se; achar-se; sentir-se; mirar-se; s. m., o acto de ver; conceito; opinião.
- v. int., ter vida; existir; durar; habitar, residir; alimentar-se; nutrir-se; comportar-se; ter relação com;
- v. tr., passar (a vida); consagrar a vida a;
- v. refl., existir;
- s. m., a vida.
Aprender do Lat. apprehendere
- v. tr., adquirir conhecimento de; instruir-se; ficar sabendo.
E você tem aprendido com suas vivências?