quinta-feira, 23 de abril de 2009

Adequação vocabular

Chama o "Aurélio"

Certos casos da política, de tão inacreditáveis, acabam virando parte do anedotário. Ou vic-versa: algumas piadas traduzem tão bem determinadas características da cultura política que assumem ares de verdade.
Em uma das hipóteses se encaixa a correspondência trocada, cerca de 20 anos atrás, entre o prefeito de Bom Sucesso (MG) e o enão secretário estadual do interior, Ovídeo de Abreu.
Conta o deputado Elias Murad (PSDB-MG) sofreria um tremor de terra capaz de quebrar copos e trincar pratos. Preocupado, expediu rapidamente um telegrama ao prefeito:
"Movimento sísmico previsto essa região. Provável epicentro movimento telúrico sua cidade. Oséquio tomar providências logísticas cabíveis."
O secretário esperou ansioso pela resposta. Quatro dias depois chegava o telegrama do prefeito: "Movimento sísmico debelado. Epicentro preso, incomunicável, cadeia local. Desculpe demora. Houve terremoto na cidade."
(Folha de S. Paulo. 24 nov. 1992, p. 1-4)
Explorando o texto:
  1. Para achar graça no texto acima é fundamental conhecer o significado de certas palavras. Qual o significado de sísmico, telúrico e epicentro?
  2. Em que pessoa é narrado o texto?
  3. Há quanto tempo ocorreu o fato relatado?
  4. O narrador conta a historia baseado no relato de quem?
  5. Baseando-se exclusivamente no texto, responda se o fato narrado realmente ocorreu ou se trata-se de uma anedota.
  6. Falar difícil não significa falar bem. Que fato narrado no texto comprova essa afirmação?
  7. Por que o fato narrado pode ser considerado uma anedota?
  8. Pode-se afirmar que houve comunicação entre o secretario e o prefeito?
  9. Por que razão o telegrama do secretario não foi entendido pelo prefeito?

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